segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O fim do primeiro

Ah, o fim do primeiro amor. Se for realmente, porque de tantos fins eu já não sei onde começa e onde termina tanto sentimento. O primeiro é tudo. É pra sempre. É toda a ilusão que se tem, toda curiosidade, toda vontade, tudo junto. É intenso. Te dá vontade de viver, de pular, de sorrir pra desconhecidos na rua. De não desgudar jamais da pessoa. Mas, e sempre tem um "mas", talvez um dia, por algum descuido ou só por ser o primeiro, alguma das duas partes termine. E a outra vai sofrer. Vai chorar, vai gritar, vai querer morrer. Porque, afinal, o primeiro não deveria ser o único? Nós prometemos que era "pra sempre", não importava o que acontecesse. Aonde foi que eu errei? Ah, se eu pudesse voltar no tempo. Não dá. O último beijo, que eu nem sabia que era o último, já foi. O último abraço apertado e o sussurro de "eu te amo mais que tudo pra sempre" cada vez ficam mais longe. O que resta são lembranças.

domingo, 26 de junho de 2011

A pessoa te dá infinitos motivos pra nunca mais sequer olhar na cara dela, para esquecer que elá vive. E tu continuas achando que ela é a coisa mais perfeita que já existiu.

domingo, 26 de setembro de 2010

Mãe,

"Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer. Como é grande o meu amor por você". Minha formatura do pré. Tenho certeza que lembras! De lá pra cá foram 10, quase 11 anos. E tanta coisa mudou! Sabe, mãe, adolescência é uma droga. Ficamos idiotas, como se nada mais importasse, nada além de nossos anseios e alegrias. Sim, ainda sou adolescente. Mas num momento tão importante - o de escolher a profissão - um saco pesado de responsabilidade despenca diretamente sobre nossas cabeças e, de certa forma, faz-nos enxergar que a vida é bem maior do que a bolha em que vivemos. Escrevo isso porque fui afetada por uma onda de arrependimento imensa por tantos anos desperdiçados. Poderia ter aproveitado melhor o tempo em que as preocupações eram infantis e, de qualquer forma, sempre teria teu colo. Há vários tipos de mãe. Mas tu sempre fostes mãe. Simples assim: mãe. E melhor ainda: a minha. Ao contrário do que pensam tu que o pai, não sou uma pessoa fria. Pelo contrário, sou extremamente sentimental e romântica. Apenas não sou acostumada a demonstrar pessoalmente. Porém, se observares meus textos, verás que deixo bem explícita essa parte da minha personalidade. Ah! Meus textos. A quem devo o dom de escrever? Talvez tenha herdado um pouco, mas a maior parte foi do teu esforço de ficar parada no corredor, lendo historinhas para eu dormir. Ou brincando de "fomar a palavra". B-A. BA. N-A. NA. N-A. NA. Banana! Eu lembro... Então, mãe, há tantas coisas que quero compartilhar contigo. Já amadureci o suficiente para te ter como amiga...

Amo-te infinitamente e és meu mundo!

P.S.: Muito obrigada pelo gene do rutilismo (cabelos ruivos). O que seria do meu glamour sem essa particularidade?!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Antigamente

Era tudo mais fácil. Eu tinha a certeza de que te teria pra sempre. Já não tenho mais. A cada dia que passa, sinto que minha vida não fica tão vazia com tua ausência quanto ficava antes. É um alívio que dói. "Lágrimas por ninguém, só porque é triste o fim". Não quero que seja assim. Não quero que você não faça parte da minha vida. Sei que poderia continuar sorrindo, mas faltaria algo e eu apenas sobreviveria. Sem sentir felicidade num beijo, carinho num toque e segurança num abraço. Mas talvez, apenas talvez e não provavelmente, exista ainda alguma luz. Acho que a escuridão já me cegou.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Minha metralhadora cheia de mágoas

Verifico o celular em busca de alguma chamada perdida, algum sinal de que aquilo não foi o ponto final. Nada. Não sei porque pensei que encontraria... Viro-me para o lado e tento dormir em meio às lágrimas que começam a cair sem parar.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Você está dormindo agora

Era tão legal quando virávamos as noites no MSN. Lembra? A gente ia dormir 4 da manhã ás vezes. Mas naquela época era tudo imprevisível e eu não tinha noção do que viria pela frente. Não sabia se te conheceria um dia. É. De qualquer jeito, você está dormindo agora. E mesmo relembrando da época em que madrugávamos, o que mais me faz falta é ter você dormindo ao meu lado. Eu sonhava muito com isso. Em como seria a sensação de dormir nos braços do amor da minha vida. Deve ser só por enquanto, mas devo dizer que não é tão bom quanto na minha imaginação. Quero dizer, é a coisa mais gostosa do mundo. De verdade. Nada pode te machucar, nada pode te deixar triste. Segurança total num aperto quente de amor em carinho, debaixo das minhas cobertas. Só que há sim algo capaz de diminuir essa delícia: estar ali, nos teus braços, sabendo que isso significava que um dia já havia passado. E estava mais perto de eu dizer tchau de novo. Por isso, e só por isso, na minha imaginação é "melhor". Lá eu posso dormir todos os dias contigo, meu amor. E exatamente nesse lugar, na minha imaginação, você está dormindo agora. Aqui, ao lado meu.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pais e filhos

Eu odeio e amo vocês. É isso que eu quero dizer. Todas as vezes. Mas sai apenas a parte ruim, porque a boa é muito mais difícil de falar. Vocês sempre cuidaram de mim... Sempre. Eu nunca agradeci. Obrigada. Vocês sempre me incentivaram a escolher o caminho certo. Eu nunca agradeci. Obrigada. Vocês souberam que eu amava uma garota e a reação mais radical foi um choro e palavras feias - nenhuma que eu nunca tenha dito para vocês, pelo menos, umas dez vezes. Vocês não impediram que eu continuasse vivendo esse amor. Eu nunca agradeci. Obrigada. E, ainda por cima, vocês deixaram ela vir até nossa casa! Minha namorada na minha casa. Ela dormiu no meu quarto. Nós ficamos com a porta fechada o dia inteiro. Nós fomos numa boate GLS. Eu nunca agradeci. Obrigada. Obrigada, meus pais, por tantas coisas boas. Obrigada por me apoiarem nos meus sonhos e me ajudarem a enfrentar meus medos. Acho que é por isso que fico tão indgnada. Quero dizer, vocês já fizeram tanto. Por quê eu não posso visitá-la? Eu queria tanto... Por quê não posso conhecer a família da pessoa com quem eu quero casar? Vocês não sabem que nós vamos casar. Eu queria tanto ir... Eu sinto falta dela como jamais senti de alguém. Nem das bonecas que eu tive de me desfazer. Eu não gosto dela como gostava de bonecas. Vocês vão ter que entender isso algum dia.